sábado, 26 de setembro de 2015

Paris et la cuisine française


Porquê algo especial para comemorar meio século?
Tenho uma amiga que fez uma tatuagem bem colorida, várias amigas que organizaram festas de arromba. Daqui a uns dias vou a mais uma dessas festas grandiosas.
Eu sonhei partilhar uma viagem a Paris com as minhas filhotas queridas e tornar esse meu aniversário uma memória inesquecível.



Alugámos um T0 no 9º Arrondissement , perto de Montmartre, por quatro noites, e daí partíamos diariamente a pé para ver tudo.
Era Inverno mas tivemos sorte, não estava demasiado frio e quase não choveu.
Ao pequeno almoço não podiam faltar os croissants. Eu arranjava-me primeiro e ia comprá-los à boulengerie na esquina da Rue des Martyres
Só o cheirinho que emanava dos pães, croissants e patisserie diversa exposta nos balcões era uma inspiração matinal.






Apesar de ser época baixa nos sítios mais emblemáticos, Sacré-Coeur, Torre Eiffel, Notre-Dame, Museu do Louvre e Les Champs Élysées, os turistas proliferavam mas nas ruas em geral viam-se sobretudo residentes, pessoas nas suas rotinas normais de trabalho e escola dado que não era época de férias. 
A cidade pareceu-me bastante cosmopolita com muita gente sobretudo do Norte de África e Médio Oriente. 
Sem ser na Place Vendôme, onde se situam as grandes casas da alta costura, quase não vimos aqueles franceses típicos bem vestidos e elegantes.
A juventude é aparentemente igual à das cidades portuguesas e europeias, são um estéreotipo formatado pelas séries televisivas e pelas cadeias de lojas de marcas com baixo preço que proliferam iguais por todo o lado.
Não achei a cidade própriamente limpa e os jardins, por ser Fevereiro, não estavam no seu esplendor. As igrejas, principalmente as catedrais, chocaram-me pelo excessivo sentido comercial. Não é preciso pagar para entrar, como por exemplo na Sagrada Família em Barcelona, mas no seu interior existem demasiados dispositivos e máquinas que vendem velas, imagens de santos e medalhas alusivas, já para não falar no habitual balcão de souvenirs à saída, Não os senti como templos, apenas como monumentos históricos.
Em compensação, nas voltas pela cidade, encontrámos lojas de extremo bom gosto.


  


No dia dos meus anos fomos de comboio até Versailles. Começámos a visita pelos jardins porque de manhã a fila para entrar no palácio principal que eles chamam Chateau, era de muitas centenas de pessoas. 
São imensos os jardins e bosques, diferentes áreas e construções, casas e museus como o Petit e o Grand Trianon, o Domaine de Marie Antoinette, retractos retalhados da monarquia francesa no século XVII. 
Andámos quilómetros, visitámos Le Hameau de la Reine que era uma espécie de quinta e percorremos a margem do Grand Canal onde até se pode passear de barco.



Almoçámos muitíssimo bem no restaurante La Flottille situado na zona de serviços no centro do parque. Com comida tradicional bem confeccionada, de realçar o pato confitado e o crème brulée, e um serviço rápido e simpático.
De tarde entrámos finalmente no grande e luxuoso palácio de Versailles que muito me fez lembrar os nossos Palácios da Ajuda e da Pena, apenas de maiores proporções.





Para terminar em beleza um dia extraordinário, nessa noite fomos jantar a um restaurante ligeiramente mais requintado.
O vinho foi difícil de escolher por falta de referências e conhecimento dos vinhos franceses mas fizemos uma boa escolha graças ao atendimento atencioso que nos foi prestado.
Escolher os pratos e as sobremesas foi bem mais fácil e tudo se revelou um primor e uma delicadeza de sabores que fizeram render-me à cozinha francesa. Todos os pratos estavam deliciosos sobretudo a Tartelette au Citron com que me gratifiquei no final.
Não houve bolo de aniversário nem velas nem cantigas desafinadas mas fizemos um brinde especial e eu senti-me tão feliz e abençoada por ter comigo as minhas meninas, os maiores amores da minha vida.
Paris foi um sonho realizado e espero ainda cumprir mais uns quantos nos próxinos anos.



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