domingo, 30 de outubro de 2016

Não dou receitas de saladas

A grande vantagem da comida no verão é a frescura e a leveza das saladas.
Adoro!



Receitas para quê?

Estou a referir-me a saladas cruas de legumes frescos.

O procedimento é lavar, eventualmente descascar, cortar, misturar  e temperar.

Qual é a dúvida? Não é preciso fazer nenhum workshop... Digo eu...



Basta escolher uma base como alface, tomate, rúcula, couve coração. couve chinesa, courgette, cenoura, espinafres, e juntar ingredientes que combinem ao gosto de cada um.

É do conhecimento geral que o tomate combina bem com manjericão, com orégãos e com cebola, com queijos frescos, mozarela de bufala, requeijão ou o nosso tradicional queijinho fresco de leite de cabra. 
Até há uma salada italiana famosa com estes ingredientes, a salada caprese.
Temperar com flor de sal, bom azeite e um vinagre suave como o de cidra.
Para um toque extra, acrescentar uns fios de creme de vinagre balsâmico.
Uma das salada tradicionais portuguesas é de tomate e pepino.



A alface é muito versátil, combina bem com quase tudo. 
Couve roxa, cenoura, rúcula, milho doce cozido, pepino, agrião. 
Fruta como maçã, pêssego, alperce, morangos, banana, abacaxi, laranja, é só escolher.
Também é bom juntar alguma proteína, ovo cozido, queijo em cubinhos ou em lascas no caso dos queijos mais rijos, presunto ou fiambre de frango fumado (é o único fiambre de que gosto), qualquer fruto seco, sementes de abóbora, girassol, linhaça.

A ideia é escolher alguns produtos, ir variando, e assim conseguir uma imensa variedade de combinações.



Eu gosto de comer rúcula sem tempero, aprecio o seu travo intenso e apimentado a acompanhar, por exemplo, uma fatia de carne assada, mas a salada de rúcula mais conhecida é com lascas de queijo parmesão, nozes e um molho vinagrete.

Uma salada de cenoura cortada em palitos finos e couve coração cortada em juliana, temperada com um molho agridoce, tipo molho asiático, fica uma delícia.


Escolho sempre courgettes pequenas por causa da consistência interior mais firme, com menos água e menos sementes.
Tal como a cenoura deve ser cortada em palitos finos, em vez de ralada, para ficar crocante. 
Utilizando um espiralizador consegue-se um efeito "esparguete" muito apelativo.
Um molho de sumo de limão, sal, pimenta preta, malagueta picada sem sementes, hortelã picada fininha e azeite, é o tempero perfeito para uma salada de courgette.
Se usar coentros em vez da hortelã obtém-se um molho mais tipicamente português, mais alentejano.

A couve coração, a couve chinesa ou outra assim macia, pode ser misturada com outros vegetais, mas também fica excelente sozinha temperada com um chutney ou um pesto.



Estas saladas são uma refeição completa e equilibrada.
Porém também podem ser aprimoradas com um peito de frango ou uma lombo de salmão grelhado.

É bom arriscar, misturar sabores, dar asas à criatividade e fazer deliciosas saladas de improviso.

Saladas que merecem receita são as improváveis, como a de maçã, aipo e sementes de sésamo que partilhei no ano passado aqui no blog, no separador das Receitas.



sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Palavras para quê?


Esta fotografia foi tirada no final de Maio quando recomecei as minhas caminhadas depois de um inverno e início de primavera chuvoso.

Apesar de me pesar e de medir os vários perímetros do corpo regularmente, desde que iniciei o meu regime de emagrecimento, o espanto, direi mesmo, o choque, de ver assim a flagrante diferença do antes e do depois, foi emocionante.



A satisfação de conseguir fazer os habituais oito quilómetros mais rapidamente, sem dores nas costas nem nos joelhos, sem sentir o cansaço que me tirava o fôlego, foi altamente motivadora.

Agora estou ainda mais leve e sinto-me ainda melhor e com mais energia.

Não pretendo ficar magra, mais a mais que a partir de uma certa idade isso ressente-se na cara e eu prefiro ter uma carinha laroca que parece mais nova do que eu.
Só quero sentir-me bem com o meu corpo e não ter problemas de saúde.

Há quem me pergunte, até com algum ressentimento que não entendo:
_ Mas ainda estás a fazer dieta?! 
_ Não propriamente. Apenas mudei os meus hábitos alimentares e estou contente com isso.

Agora sinto que posso, uma vez por outra, beber um copo de vinho à refeição ou degustar, num dia de festa, uma doce sobremesa. 
Sem remorsos, sem culpas.
No dia a dia mantenho o equilíbrio com a comida que me faz bem.

São as alternativas que inventei ou que adoptei, os truques e as ideias que pretendo aqui partilhar. 
Pode ser que sirvam de inspiração a mais alguém.



(história da vida real com continuação nos próximos episódios)



quinta-feira, 27 de outubro de 2016

O que mudou na minha alimentação?

Nove meses e menos 16 quilos depois, sinto-me muito melhor física e psicologicamente.
Gostava de perder mais quatro, mas parece que o meu organismo estabilizou e como passar fome está fora de causa, não é fácil consumir mais reservas adiposas. 
Provavelmente só com um reforço exaustivo de exercício físico o consiga. 
A ser verdade, o importante agora é manter este equilíbrio.

Para emagrecer não há alternativa - é necessário gastar mais calorias e consumir menos calorias.

Ir em modinhas só porque está na moda não faz o meu género.
Não aderi a dietas do paleolítico nem vegetarianas, não segui nenhum guru da nutrição moderna ou antiga. Não aceito fundamentalismos.
É evidente que gosto de ler tudo e mais alguma coisa sobre alimentação, regimes alternativos, dicas e receitas. 
Informação bem escrutinada dá-me ferramentas para melhorar as minhas escolhas.

Estou convencida que cada um, se prestar atenção, percebe o seu corpo. 

Saber o que me satisfaz, conhecer o que me sacia e não prescindir do que me dá prazer comer de forma saudável, é o verdadeiro segredo. 
Tornar a comida saborosa evita pensar em guloseimas.



O que mudou na minha alimentação?

Na primeira fase, a mais intensiva, foi preciso implementar restrições drásticas.


Alimentos suprimidos
  • Hidratos de carbono
  • Bebidas alcoólicas
  • Maionese, ketchup e outros molhos industriais
  • Gorduras - manteiga, natas, banha, margarina
  • Gorduras e peles das carnes
  • Fritos
  • os meus doces e sobremesas deliciosos
Nestes últimos anos comia regularmente este tipo de alimentos, mas sei que foi o excesso de doces e sobremesas, repletos de açúcar, farinha e manteiga, verdadeiras bombas calóricas, que provocaram a minha pré-obesidade.


Produtos proibidos
  • Comida processada
  • Comida pré-confeccionada (fresca ou congelada)
  • Enchidos
  • Refrigerantes
  • Sumos e néctars industriais
  • Bolos e outros produtos de pastelaria
Na verdade estes produtos interditos nunca fizeram parte da minha alimentação habitual. 

Não aprecio chouriços, morcelas, salsichas, alheiras, fiambre, apenas no Cozido à Portuguesa que como no máximo duas ou três vezes por ano, gosto da farinheira, mas também posso passar sem ela.

Só muito raramente comia uma lasanha comprada no supermercado, por exemplo, mas costumava comprar esparregado pronto e congelado e deixei de o fazer porque tem muita gordura e outros ingredientes desnecessários e perniciosos.

É preferível comer legumes crus, cozidos ou assados. 
Descobri uma forma fantástica, fácil e rápida, de cozer legumes em vapor, sem perda de nutrientes.

Reduzir o sal é importante, não só para a tensão arterial como para diminuir a retenção de líquidos.

Eu adoro beber água. 
Beber muita água é extremamente importante, "lava" o aparelho digestivo, melhora o funcionamento dos rins o que é crucial para a saúde, melhora eventual problema da obstipação, e ainda "engana a fome" no intervalo das refeições. 
Para quem não gosta de água pode optar por chá ou uma tisana, mas saibam que não é bem a mesma coisa.

Outro factor importantíssimo para o sucesso de uma dieta são as quantidades ingeridas e a frequência das refeições.
Há que reduzir a quantidade de comida que se coloca no prato e o estômago vai contraindo e ficando mais pequeno, logo come-se cada vez menos.
É comum recomendar comer de três em três horas, no entanto eu prefiro dar algum descanso ao estômago e só comer quando sinto fome o que varia entre as quatro e as cinco horas.
A melhor opção é aquela que funciona para cada pessoa conforme os seus hábitos, sendo fundamental evitar as ânsias de comer.

O stress é muitas vezes associado a distúrbios alimentares por isso convém evitar entrar nessa espiral de autodestruição. 
Sentir-me bem com o meu corpo e ser saudável contribui para a minha felicidade.
Ser feliz é o melhor antídoto para o stress.



(história da vida real com continuação nos próximos episódios)